quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Madrugada de Sampa



— Lu, vem aqui?

— Mas tá tão tarde Bel.

— É que eu tive um sonho ruim.

— Já passou minha menina.

— Vem...

— Não dá.

— Tudo bem, deixa pra lá.

— Dorme bem tá?

— Tá.

— Beijo.

— Outro.

Fim da ligação.



— Alô?

— Bel, sou eu, Lu. Abre a porta pra mim?

— Mas você disse que tava tarde, Lu.

— Eu sei. Mas eu não consegui dormi pensando em como você tava.

— Eu te amo.

— Eu também amo você, mas abre logo essa porta que eu tô congelando aqui fora.

— Não trouxe seu cobertor?

— Não. Só eu de pijamas, achei que cabia nós dois no seu cobertor.

— Cabe sim, Lu.

— Então abre aqui.

— Tô indo.

— Eu vou congelar desse jeito.

— Eu sei. É que eu quero ter certeza que vou poder te esquentar depois.

— Só você mesmo menina de Sampa.

— Só sua. 


Fim da ligação.


— Oi Lu.

— Oi Bel.

— Você fica lindo com frio.

— Me esquenta?

— Claro, entra.

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