"Sextas-feiras em sua humilde deprimência. Contagiou-me. E em instantes, te escrevo. São palavras sobre você, nunca para você. São palavras que jorram, que transbordam, e evaporam sem ser fonética. Escrevo-te, porque te queria aqui. É o que muitos fazem quando tentam irracionalmente manter algo que está longe, perto. Não te largo, dentro de mim te amarro. E te escrevo, para poder te ler quando o dia amanhecer. Escrevo-te, para lembrar que quando te olho nos olhos, me afogo de amores, e para não me deixar esquecer, que em teu sorriso, me perco em flores. Nesta cadeira empoeirada, escrevo. Escrevo-te. Porque escrever-te é bem melhor que simplesmente escrever. Está em você o dom de ser dona de mim, e de si, de nós. E escrever-te me faz perceber ainda mais que te manter perto é meu dever. Escrevo-te, pois não aceito ter longe, o que me faz tão bem quando perto. Não aceito te perder, por isso escrevo-te, e te prendo nos pontos e virgulas da mais simples linguagem de amor, e entre suspiros sei que estás algemado a minha infinda leitura de ti. Escrevo-te e te eternizo."
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És meu bem querer. Escrito e reescrito em mim.
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