Não encontrei palavras pra começar esse texto. Então o começo sem ter palavras. Até porque, foi assim que você me deixou, repetidas vezes ontem. "Eu gosto muito de você" , com essa única frase você me calou. Não aquele silêncio triste, amargurado. Longe disso. Foi um silêncio tranquilo, em que eu nem soube como devolver. Eu tive tanto medo de te perder. Tanto medo de estar jogando errado ao escolher ficar. Porque se eu ficasse e você partisse, seria demais pra mim, mas era um risco que eu tinha que correr. Era um promessa, um trato, feito comigo mesma: Tentar. E por quantas noites eu não fiquei triste, sem conseguir decidir se era ou não a escolha certa. E pensando apenas: E se eu falhar? E a cada dia, isso foi fortificando, ganhando forças, não o medo, mas a certeza de que você iria ficar. E eu fui sendo eu mesma. Fui me destrancando aos poucos, mesmo com toda uma incerteza rondando meu peito e querendo entrar. E quando vi, estava ali, naquele mesmo lugar de outra noites, com você pertinho de mim e me falando: "Eu gosto muito de você" .Desculpe não ter respondido algo. É que eu gostei tanto de você, que tive medo de falar e você se retrair. Mas príncipe, eu gosto tanto de você. E eu gosto tanto do que você me faz sentir. Eu te percebo nos detalhes. Em cada coisa pequena, sem sentido algum para uns. E eu sei que você me percebe. Ás vezes até mais do que eu te vejo me perceber. Você me percebe em fragmentos e você os une e aí, você me gosta. E cada vez que você me diz algo eu fecho os meus olhos e agradeço.
Eu gosto de como suas mãos seguram minha nuca. E de como eu te descubro. De como eu vou ligando os pontos que me levam pelo teu caminho. E de como no fim de cada noite você me abraça, me segura, me chama de linda, me pede pra dormir bem. E mesmo quando meus sonhos não são bons e me fazem acordar triste, tem uma mensagem tua me dando aquele bom dia lindo, que me faz esquecer qualquer mal. Eu perdi o rumo das palavras agora e mudarei de assunto, coisas desconexas.
E quando estou com você, enquanto as coisas vão acontecendo eu vou pensando em quanto vou ter pra escrever. Eu adoro você, adoro escrever e adoro mais ainda escrever sobre você. Mas as palavras somem, fogem, se escondem e ficam brincando na minha mente. E só espero te dar mais e mais razões pra ficar. Porque voltar atrás agora já se tornou complicado demais. Já escureceu e é perigoso andar sozinha por ai. Então, segura na minha mão príncipe? Me abraça no frio, me cuida quando eu tenho medo, me dá tua boca quando eu precisar me completar, preenche meu corpo como todas essas noites? Porque eu quero te abraçar, te cuidar, te alegrar e completar você. Eu quero ir descobrindo você, teu corpo, teu jeito. E eu quero estar contigo, nos altos, nos baixos, nos frios e nos quentes. De dia, de noite. Eu quero estar lá, bem junto de ti, meu branquinho.
Ontem colocamos mais uma pedra na nossa base. E ela era linda. Mais linda que nunca. Transparente e brilhosa e o som que ela faz acalma o coração. Eu gosto de ficar te olhando, já te disse isso mil vezes e não me cansarei de dizer. Dormir te olhando é uma dádiva. Eu não estou contando os dias, coleciono momentos. Quando você me chama, me pede pra te ver, pra te encontrar... Quando você diz que queria dormir do meu lado ou que só o fato de estar perto de mim já te basta, me trás paz. E muitas outras coisas mais, das quais sei que não é a hora de falar. Eu só quero te dar certezas. E nesse momento eu te digo, que eu quero estar é do teu lado. É compartilhar contigo e usar de minha sinceridade,até porque eu não consigo esconder de ti, nada, nada, nada. Ás vezes você me vê tanto que consegue descobrir coisas que nem eu mesma tinha me dado conta. Como quando você sabe que tem algo errado comigo e nem eu sabia. E quando percebo que há, deixo de lado, porque estou contigo e isso que me importa. E assim, você tem colorido essa parede branca, fria, vazia. Que voltou a ter cor, calor e ser preenchida.
E eu só queria te dizer que cada dia tem sido melhor que o dia anterior, mas sabe o que eu senti vontade hoje? De ver o mar com você. De andar naquela areia e sentar no meio do nada, só tendo você, o mar e falar sobre navios e luzes.
Eu quero morar num abraço teu.
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